Gênero e religião: diversidades e intolerâncias nas mídias (Vol.2)
Gênero e religião: diversidades e intolerâncias nas mídias (Vol.2)
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Os grandes pensadores acerca do caráter específico da modernidade e do mundo contemporâneo são unânimes em apontar o que seria um de seus traços definidores: um processo crescente de racionalização da vida social e um declínio progressivo do sagrado, no sentido de algo ou alguém apartado da vida comum, de algo ou alguém votado ou devotado ao mistério, de algo ou alguém definido e significado por conceitos estranhos aos prevalecentes em uma dada cultura. A etimologia da palavra sagrado remete ao latim sacer, sacra, sacrum que se referia a separação de algo ou de alguém do mundo comum por manifestar um poder superior ou por portar uma marca especial, infamante, um corpo inviolável ou um corpo destinado ao sacrifício, algo ou alguém retirado do mundo comum, algo ou alguém consagrado à divindade, algo ou alguém que ultrapassa e transcende a vida cotidiana. Essa separação, no caso de ser alguém a ser sacralizado, era total, envolvendo seu corpo, suas ações e palavras. Na Roma Antiga existia a figura do Homo Sacer, estudada por Giorgio Agamben, que era uma pessoa excluída de todos os direitos civis, enquanto sua vida era considerada “santa” no sentido negativo, ou seja, uma vida destinada ou devotada ao sacrifício, podendo ser morto por qualquer um, desde que não fosse em um ritual religioso (AGAMBEN, 2014). Esses pensadores do processo de racionalização da vida social vão ser unânimes em diagnosticar a dificuldade, cada vez maior, de haver alguma vida ou alguma esfera da vida social que escape a esse processo de espraiamento da racionalidade, a dificuldade de algo ou alguém ser apartado do mundo comum.
Gênero e religião: diversidades e intolerâncias nas mídias (Vol.2)
Carla Regina Macena Pereira Patriota Bronzstein
Coordenadora da ABHR – Regional Nordeste (Gestão 2015-2017); Pós-Doutorado pela University of Cambridge - UK (2013); Doutorado em Sociologia pela UFPE (2008); Mestrado em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco (2003); É professora Associada do Curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Federal de Pernambuco e do Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCOM/UFPE).
Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fº
Presidência da Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR) Docente-Visitante do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas (PPGDH/ UFPB) e do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba e (CCJ/UFPB); Pós-Doutorado em Ciências da Religião pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Pós-Doutorado em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Pós-Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas pela UFSC Doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (USP); Mestrado em História do Tempo Presente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC); Coordenação da Fogo Editorial.