Nota da AMAR sobre a inexistência de racismo reverso no Brasil contemporâneo
20 de fevereiro de 2021
Por conta de recente polêmica envolvendo o programa Big Brother Brasil 21, transmitido pela TV Globo, a AMAR (Associação Internacional de Estudos de Afetos e Religiões), gostaria de expressar que não existe racismo reverso (racismo contra pessoas brancas) no Brasil contemporâneo.
Importante que não se confunda discriminação, preconceito e racismo.
O racismo é estrutural.
A discriminação e preconceito podem ocorrer em níveis individuais. É possível, assim, que uma pessoa branca seja discriminada ou sofra preconceito por conta da cor de sua pele.
Mas isso não é racismo. Este se liga a uma estrutura sociopolítica de dominação e opressão historicamente constituídas – no Brasil, intrinsecamente relacionada à longa duração da escravidão e expoliação de pessoas indígenas e negras.
O racismo se fundamenta no ideário de que há uma raça superior às outras, merecedora de privilégios sociais de toda a sorte.
Não existe racismo reverso no Brasil pois não há uma história de longa duração em que pessoas brancas sofreram e sofrem estruturalmente da opressão causada por pessoas não brancas (indígenas, negras, asiáticas…).
Pessoas brancas não foram fetichizadas, escravizadas, subtraídas de suas culturas, violentadas sistematicamente, comercializadas, criminalizadas, subjugadas e mortas por serem consideradas de uma raça inferior. A concepção de “superioridade racial” no Brasil adveio de pessoas brancas. Assim, como compreendemos, não existe racismo reverso no Brasil contemporâneo.
A própria ONU definiu o aumento de casos da violência contra a mulher como uma “pandemia das sombras”. Tal situação não recebeu comentários e posicionamento contundente da ministra..
Despedindo-nos amorosamente.